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quarta-feira, 31 de outubro de 2012

(5) - Permacultura


Abertas as portas da mente para uma visão otimista, podemos deixar para trás o Paradigma da Escassez e antes de tudo acreditar que o Éden poderia ser aqui... Afinal, ao olhar para a natureza selvagem, ao menos em locais abençoados como a mata atlântica brasileira, não vemos escassez, e sim abundância. Vemos uma natureza que se renova, que se deixada intocada, mesmo após grandes devastações é capaz de regenerar-se, e ilustra o universo 100-por-cento-autoregenerativo de Fuller.

Olhando a vida, os sistemas biológicos, um grande mistério se abre. A visão puramente física cai por terra. Como podem os sistemas biológicos serem capazes de tamanha ordem e auto-organização? Isso realmente contraria a “lei” da termodinâmica. Hoje explicamos detalhadamente diversos dos mecanismos físico-químicos da vida, mas não conseguimos explicar o que é a vida. A vida caminha no vetor oposto à entropia, a vida é por si mesma negentrópica. A evolução das espécies é ainda mais intrigante, é realmente assombroso e milagroso considerar que macromoléculas possam ter evoluído até chegarmos a formas de vida tão complexas como os mamíferos...


Enfim, abertos a possibilidade da abundância, vamos pensar como vivem os humanos modernos. Certamente superamos as expectativas de extremo pessimismo mathusiano dos séculos XVIII e XIX, predominantemente agrários. Através do que no início do século XX foi chamado de “revolução verde”, conseguimos dar conta da necessidade alimentar da população humana (desconsiderando os problemas sociais de distribuição, há de fato comida para todos). Hoje usamos tratores, fertilizantes, recursos tecnológicos que permitiram aumento da produção. Mas, como dissemos no artigo anterior, dominamos a natureza pela força bruta, sem compreender e utilizar seus princípios básicos. Os métodos que utilizamos, de monoculturas extensivas, esgota o solo e o resultado final é desertificação.

Ainda mais entrópico fica a visão se considerarmos o cenário completo. As grandes concentrações populacionais urbanas não produzem nada de sua subsistência, e dependem do transporte de alimentos vindo do campo. Só aí já há um gasto energético no transporte, de forma que quando você come um alface, este mesmo alface custou muito mais energia para chegar até você do que você vai absorver de calorias ao ingeri-lo. Se colocarmos na conta o custo energético de produção e transporte dos fertilizantes, agrotóxicos, etc, o nosso déficit energético natural fica ainda mais grotesco. É assim que deveríamos nortear nossa economia, através de balanços energéticos. Pensando assim seria muito mais sensato plantarmos nosso próprio alface localmente, sem uso de químicos, mantendo o balanço energético em superávit e sem os prejuízos à saúde dos agrotóxicos.

Com a visão do Paradigma da Abundância claramente delineada, descobrimos a existência do meio de produção mais perfeito: a Permacultura e as Ecovilas.

Embora não tenha experiência nos métodos da Permacultura, foi fácil reconhecer os mesmos princípios, tão claros quanto nestas palavras:

“O princípio básico da Permacultura é: trabalhar "com" e "a favor de", e não "contra a natureza". Os sistemas Permaculturais são desenvolvidos para durar tanto quanto seja possível, com o mínimo de intervenção. Os sistemas são tipicamente energizados com a luz do sol, os ventos, e/ou as águas, produzindo energia suficiente para suas próprias necessidades.” Fonte: Rede Permear
“Nas palavras de Bill Mollison de que mais gosto, a Permacultura é ‘uma tentativa de se criar um Jardim do Éden’, bolando e organizando a vida de forma a que ela seja abundante para todos, sem prejuízo para o meio ambiente.” Fonte: IPEMA

O princípio fulleriano da sinergética pode ser traduzido nas relações humanas como cooperação, entre os seres humanos e entre as plantas e os animais que compõe o ecossistema e dependem mutuamente um dos outros. Utilizando este princípio e observando as relações básicas, é possível gerar em um ecossistema a abundância ainda maior que a própria natureza do local, e estes são os métodos e objetivos da Permacultura. Ou seja, o ser humano pode ser agente da negentropia e beneficiar-se da abundância da Natureza, levando-a a proporcionar-lhe maiores benefícios sem forçá-la, sem agredi-la.

Não vamos aprofundar a Permacultura aqui pois não é o objetivo deste blog. Recomendamos que o leitor leia as fontes fornecidas e aprofunde-se conforme seu interesse. Apenas quisemos ressaltar como os mesmos princípios estão intrínsecos, e podemos incluir a Permacutura em no que chamamos Paradigma da Abundância.

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