Vivemos em uma crise. Uma crise econômica, política. Uma crise energética, uma crise ecológica - vazamento de petróleo no oceano [1], uma futura escassez de água potável, aquecimento global, etc. Pode-se dizer que a viagem pelo questionamento filosófico científico do mundo passa pelo total pessimismo...
Segundo a Física já há muito estabelecida,
temos limitações quanto ao uso da energia, de acordo com as leis da termodinâmica,
particularmente a segunda lei. Sendo a limitação de fato inevitável, é
preocupante que não seja uma das bases da economia. Podemos dizer que há uma
quantidade finita de energia acessível, que uma vez utilizada (dissipada),
torna-se inacessível para todo o sempre, pois o processo é irreversível (a
entropia do sistema sempre aumenta). Levada ao pessimismo mais extremo (e à
longo prazo) o que a lei da entropia diz é que estamos todos fadados a uma
morte entrópica do sol, um esgotamento total de nossa fonte de energia.
Deixando, porém, as hipérboles de lado, ainda assim, podemos considerar que as
atividades humanas são excessivamente entrópicas, levando a um aumento
acelerado da entropia planetária, algo realmente escandaloso de não ser levado
em conta nas teorias econômicas. Na universidade um bom professor me apresentou
o trabalho de um economista que levou isso em consideração, Nicholas Georgescu-Roegen.
Considerado o Thomas Malthus moderno,
alertou como perigoso era ignorarmos uma lei básica da natureza ao fabricarmos
uma teoria econômica.